1 - A incapacidade de observar os erros alheios sem produzir julgamento, nos faz negligenciar por momentos que somos alvos desses mesmos juízos.
2 - Enraizámos ideias e conceitos que se tornam verdades quase palpáveis e irradiam orgulho e insatisfação para o seio do nosso imaginário.
3 - Algumas verdades sobre a condição humana são manifestas à todo instante pela incompreensão do "Eu" e do próximo.
4 - A incrível e notória dificuldade humana em fixar um olhar desinteressado no próximo nos faz cruéis, nos torna ou revela em nós, aquele que de facto somos quando longe dos palcos e dos olhares que vislumbram projecções das nossas mais distintas e variadas personagens.
5 - A condição humana presenteia-nos com o benefício de errar, o privilégio de contemplar os erros e a possibilidade de utilizá-los como parte integrante do mais brilhante processo de aprendizagem que é viver.
6 - Nem todos vivem, a despeito de receberem o dom da vida, esqueceram-se que utilizar este dom, requer o "poder" de auto contemplação, requer um olhar atento e sem preconceitos sobre a essência que nos move e faz caminhar pelos trilhos dessa dádiva.
7 - Esquecemo-nos da essência, esvaímo-nos em devaneios acerca do sobrenatural, deixamo-nos escravizar por um cristianismo obsoleto, paupérrimo que se transformou num antídoto utópico para os que perderam a capacidade de esperar, um cristianismo que em nada parece com Aquele à quem proclamam.
8 - Achegámo-nos aos homens "bons" e acolhemos os maus, desde que a sua maldade não nos atinja. "Ama o inimigo", "ore pelos que vos perseguem" acaba por determinar quem sejam os bons e os maus na nossa forma de amar, seja ela qual for quando na verdade não existem bons, apenas homens.
Seja como for...
Um brinde a vida que começa a partir do interior de cada um de nós e reverbera a verdade incontestável da perfeita e imutável soberania d'Aquele que nos ensina essa arte, a arte de viver (...).
Victor Florenzano
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